Anatomia do olho

O sentido da visão é um dos mais importantes e, a retina é a camada de tecido nervoso, responsável por permitir que possamos enxergar.

Localizada na parte interna do olho, a retina tem milhões de células sensíveis a luz, cuja função é transformar a luz em imagens.

É muito comum existir dúvida sobre esse assunto e, não poucas vezes, confunde-se a retina com a córnea. Duas estruturas oculares muito distintas.

Saiba nesse artigo tudo que precisa sobre a Retina, boa leitura.

O que é a Retina?

A Retina é uma membrana localizada no fundo do olho formada por aproximadamente 120 milhões de células, que são os cones e os bastonetes, organizadas e divididas em 10 camadas.

As células da retina são como neurônios adaptados para captar a luz e transformá-la em impulso nervoso por meio de uma reação química/elétrica  chamada de fototransdução.

Dessa maneira, podemos dizer que a Retina tem a função de captar a luz e  transformar esse estímulo luminoso em um estímulo nervoso, e enviá-lo ao cérebro para que possa ser interpretado como imagem.

Sendo assim, para que a retina possa enviar o impulso nervoso, é ligada ao cérebro por meio do Nervo Óptico, o qual é formado por aproximadamente 1 milhão de fibras nervosas.

Comparação entre o Olho e a Câmera Fotográfica Antiga

Talvez fique mais fácil compreender a retina se compararmos o nosso olho à uma invenção justamente inspirada na visão, a câmera fotográfica antiga, que utilizava filme fotográfico.

câmera fotografica antiga

A retina, por exemplo, teria a mesma função do filme fotográfico. Ou seja, é nela que a imagem é captada e registrada.

Se a retina é como o filme fotográfico, as lentes da câmera seriam a córnea e o cristalino, responsáveis pela e focalização da imagem.

A córnea fica na parte externa do olho, enquanto o cristalino fica na parte interna, logo atrás da pupila.

Por falar em pupila, é ela, juntamente com a íris, a responsável por regular a quantidade de luz que entra no olho. 

Para ser mais preciso, a pupila é o ponto escuro que fica no centro do nosso olho, enquanto a íris é a parte colorida que fica ao redor.

Anatomia da Retina

A membrana sensorial do olho, a retina, contém  cerca de 120 milhões de fotorreceptores (cones e bastonetes) e aproximadamente 1 milhão de células ganglionares. Há, portanto, cerca de 100 fotorreceptores por cada célula ganglionar.

Essas células ganglionares são as que recebem a informação visual transmitida pelos cones e bastonetes a envia ao cérebro através dos seus axônios, (os axônios são como fios de condução elétrica) os quais vão formar o Nervo Óptico.

Existem ainda, outras células com funções específicas e muito importantes que compõem a retina e são indispensáveis para o bom funcionamento da visão.

É dividida em 10 camadas, sendo da mais externa para a mais Interna:

Camadas da retina

  1. Epitélio pigmentar
  2. Camada de Cones e Bastonetes
  3. Membrana Limitante Externa
  4. Camada Nuclear Externa
  5. Camada Plexiforme Externa
  6. Camada Nuclear Interna
  7. Camada Plexiforme Interna
  8. Camada de Células Ganglionares
  9. Camada de Fibras Nervosas
  10. Membrana Limitante Interna

Regiões da Retina

No fundo do olho, a retina apresenta duas formações muito importantes: a Mácula e a Papila Óptica

Mácula

Mácula lutea da reitna

Localizada na região central, a Mácula possui maior concentração de fotorreceptores cones e poucos fotorreceptores bastonetes.

Dessa maneira, devido à maior sensibilidade dos cones para cor e detalhes, é na mácula onde a imagem é percebida com maiores qualidade, nitidez e em cores.

Por outro lado, na periferia retiniana, existe maior quantidade de fotorreceptores bastonetes e, nessa região a imagem é percebida com pouca resolução e com pouca definição de cores.

No entanto, os bastonetes, são mais sensíveis à movimento, o que permite perceber com maior facilidade objetos em movimento.

Papila

Há uma região da retina que não apresenta fotorreceptores. Este local é chamado de papila óptica e corresponde ao ponto de inserção do nervo óptico no olho, isto é, a zona em que o nervo óptico se expande na retina.

Retina saudável

Neste local não existe visão, sendo também conhecido como ponto cego.

No entanto, não percebemos a região cega porque o cérebro, ao interpretar a informação de ambos os olhos, suprimi o ponto cego, mesmo se estivermos apenas um olho aberto.

A papila óptica tem o aspecto de um pequeno disco, com aproximadamente 1,5 milímetro de diâmetro, no qual se localizam a Veia Central da Retina e a Artéria Central da Retina, bem como outros vasos sanguíneos que nutrem o olho.

Quais as Doenças que Afetam a Retina?

Inúmera doenças podem afetar a retina, sendo muitas delas decorrentes de alterações sistêmicas, como Diabetes e Hipertensão. 

Dentre as doenças retinianas mais comuns podemos destacar:

  • Retinopatia Diabética;
  • Retinopatia Hipertensiva;
  • DMRI – Degeneração Macular Relacionada à Idade;
  • Descolamento de Retina;
  • Toxoplasmose Ocular;
  • Buraco macular, entre muitas outras.
Retinopatia Diabética
Retinopatia Diabética

A Retinopatia Diabética, que ocorre em pacientes que possuem diabetes, se dá quando um material anormal é depositado nas paredes dos vasos retinianos. Isto causa estreitamento e às vezes bloqueio vascular, além de enfraquecer as paredes dos vasos sanguíneos, o que normalmente ocasiona em microaneurismas e hemorragias retinianas.

Outra doença retiniana muito comum em pacientes idosos é a DMRI – Degeneração Macular Relacionada à Idade. Esta doença atinge especificamente a região mais nobre da visão, a Mácula.

Doenças retinianas podem facilmente ser identificadas durante o Exame Optométrico de rotina.

Quais os exames para avaliar a Retina?

Durante a Avaliação Optométrica é realizado o exame de oftalmoscopia direta. Este exame permite ao optometrista observar a mácula, a papila e também parte da retina periférica.

oftalmoscopia direta da retina
Técnica de Oftalmoscopia Direta

O aparelho utilizado para avaliação de Fundo de Olho é o oftalmoscópio. Este aparelho é composto por um conjunto de lentes que permite ao profissional observar a retina com grande ampliação, possibilitando a identificar anormalidades e, nesses caso, encaminhar ao profissional especialista em casos de suspeita de doenças retinianas.

Caso considere necessário, o Optometrista pode solicitar algum outro exame complementar mais detalhado, como por exemplo a retinografia ou Tomografia de Coerência Óptica – OCT.

Retinografia

A retinografia é um exame mais detalhado da retina, e consiste em um registro fotográfico da retina por meio de um equipamento de alta tecnologia chamado Retinógrafo.

As imagens do fundo de olho, mostradas durante o artigo, são imagens de retinografia.

Podem ser tomadas fotos da retina com ou sem contraste, isto é, com ou sem a utilização de Fluoresceína, que serve para captar a passagem do sangue nos vasos e capilares sanguíneos.

OCT - Tomografia de Coerência Óptica

De todos os exames, o OCT é o mais minucioso, podendo medir todos os detalhes e inclusive a espessura retiniana de cada quadrante. É altamente específico e normalmente é solicitado em casos onde os outros não foram conclusivos.

mapeamento de retina com OCT
Exame de Tomografia de Coerência Óptica – OCT

Agora que você já sabe o que é retina, qual a sua função e quais os exames são feitos para avaliar essa estrutura, não tem dúvidas sobre a importância de cuidar bem dela, não é mesmo?!

A avaliação visual periódica com seu Optometrista é essencial para o diagnóstico preciso de problemas oculares, permitindo que problemas graves sejam descobertos precocemente, impedindo maiores consequências à saúde ocular.

Gostaria de compreender mais sobre a saúde visual e ocular? Não deixe de entrar em contato conosco!

Deixe a sua dúvida nos comentários, teremos o maior prazer em responder.

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